segunda-feira, 18 de abril de 2016

Prova de Língua Portuguesa com Interpretação de Texto


ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL “MARIA JOSÉ”
                        Aluno:_____________________________________________  
                          Professora: Marileide F. Abreu             Data: ____I _____I _____ 

                           Avaliação Bimestral de Língua Portuguesa
                            
                                       Não despertemos os Leitores   
                            

          
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.

Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
(QUINTANA, Mário. Prosa & Verso. 6. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)

1.. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.
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2. Que tipo de leitor, você se classificaria?  Justifique. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
­­­­­­­­3. Mário de Andrade, afirma o seguinte: “Que conhecimento não faz mal a ninguém, e que o Brasil é historicamente feito por pessoas que são dispersas a leitura e que nada significa para ele”. Agora explique, o que você entendeu? 
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                   LER, ESCREVER E FAZER CONTA DE CABEÇA
“A professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio. Carregava sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro. Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício e, de mesa em mesa, ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra!
(...)
Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, pra ela me chamar por mais tempo.
O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios. E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós também aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das folhas. Não acertando os deveres, Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio, o capricho, o aproveitamento do caderno. A gente era educado para saber ser com orgulho. Assim, a nota baixa não trazia tanta tristeza.
(...)
Nas aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia os poemas, mas escrevia fundo em nossos pensamentos as ideias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo da poesia ir embora: Olavo Bilac, Gabriela Mistral, Alvarenga Peixoto e “toc.. toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava de onde vinha nem onde tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável.”   
  QUEIRÓS, Bartolomeu Campo,  Ler, escrever e fazer conta de cabeça.

 4) Grife os verbos das frases abaixo e classifique- os em: VTD- VTI- VL- VTDI - VI    
a. “A professora gostava de vestido branco
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b. , Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio, o capricho e o aproveitamento do caderno.
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5) O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios.
A palavra sublinhada é chamada de: (         ) VL       (         ) VTD    (        ) VTDI      (         )VI
  
6) Classifique as palavras em negrito em:  complemento verbal ou complemento nominal.
a. Ninguém tinha medo da poesia.  ___________________________________________
b.  Um cheiro de limpeza coloria o ar. _________________________________________

7)      Marque a oração em que o termo destacado é o sujeito:

a.     A publicidade é feita das formas mais variadas.
b.     Se nosso vizinho compra um carro novo, logo queremos trocar o nosso.
c.      A gente era educado para saber ser com orgulho.
d     Há vitória, quando a luta é objetiva.


8) Transcreva a frase, passando- a para a linguagem denotativa.

Ela passava o exercício e, de mesa em mesa, ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra.


9) Classifique os períodos colocando PS para período simples e PC para o período composto:

a) (       ) O índio mora na floresta e vive de caça e pesca.
b) (       ) Antes os índios eram os donos da terra.
c) (       ) O índio chegou ao bar, dançou, cantou, bebeu e foi embora.
d) (       ) Eu sou o índio “Cara Pintada”.


10) Formar uma frase com a palavra índio ou livro e composta com vocativo.
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         "O SER HUMANO SEM PALAVRAS É COMO UM LIVRO SEM PÁGINAS, NÃO SERVE PARA NADA".







                                                                                                     
                           
            

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