Brasil Colônia(século 16- 17- 18)
Autos e Poesias, de José de Anchieta - A obra de José de Anchieta é a primeira manifestação literária em terras brasileiras. Tem linguagem simples e é marcada pela preocupação em reforçar conceitos morais e espirituais.
Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga - São poemas que satirizam e criticam desmandos de componentes do governo e que circularam em Vila Rica poucos anos antes da Inconfidência Mineira, em 1789.
Glaura, de Manuel Inácio da Silva Alvarenga - Um conjunto de poemas composto por rondós e madrigais, com sonoridade musical, que conta as desventuras de um poeta apaixonado por uma pastora. O estilo sentimental e espontâneo do autor abre o caminho para o Romantismo.
Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga - Os versos amorosos, inspirados na paixão do autor pela jovem Maria Dorotéia, expressam o desejo por uma vida simples e bucólica, marca do Arcadismo, mas já trazem indícios do sentimentalismo romântico.
Música do Parnaso, de Manuel Botelho de Oliveira - O primeiro livro impresso criado por um autor nascido no Brasil foi lançado em Portugal e traz poemas barrocos, com destaque para o poema A Ilha de Maré, que exalta elementos da natureza do Brasil.
O Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão - O poema épico reúne relatos históricos, descreve paisagens e faz referências a costumes e lendas indígenas, além de abordar o tema do amor universal ao contar a história do português Diogo Álvares Correa, o Caramuru, e jovem índia Paraguaçu.
O Uraguai, de Basílio da Gama - Poema épico sobre a luta de espanhóis e portugueses contra índios e jesuítas dos Sete Povos das Missões. Para alguns estudiosos, definiu o início do Romantismo.
Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa - O livro reúne a produção lírica do autor e marca a fundação da Arcádia Ultramarina, uma instituição que reunia os autores mais importantes da época.
Poesias, de Gregório de Matos - O autor barroco conhecido como "boca-do-inferno" por seus poemas satíricos, obscenos e críticos, também abordou o amor idealizado e a reflexão moral. As contradições são uma constante em seus poemas, que oscilam entre o sagrado e o profano, o sublime e o grotesco, a busca por Deus e os apelos terrenos.
Prosopopéia, de Bento Teixeira - O único livro do autor é um épico de importância histórica, que narra acontecimentos no Brasil e na batalhe em Alcácer-Quibir, na África.
Viola de Lereno, de Domingos Caldas Barbosa - Livro que registra poemas, cantigas e modinhas do sacerdote, músico e poeta, famoso por improvisar trovas ao som da viola, usando vocabulário e sintaxe marcantemente brasileiros.
As Primaveras, de Casimiro de Abreu - O único livro lançado pelo poeta já mostra todo o sentimentalismo que caracteriza sua obra e traz temas como a nostalgia da infância, a natureza, a exaltação da juventude e da pátria, a idealização da mulher amada e o pressentimento da morte.
Broquéis, de Cruz e Sousa - Destacada como a obra que inaugura o Simbolismo na literatura brasileira, tem linguagem figurada e requintada, com muitas metáforas e versos de grande musicalidade, carregados de sentimento.
Cântico do Calvário, de Fagundes Varela - Um exemplo sentimental e humano da poesia lírica e melancólica do autor, que revela paixão contida e religiosidade, mas também o pessimismo e o culto à morte.
Dona Mística, de Alphonsus de Guimaraens - A poesia do autor simbolista é marcada pela espiritualidade, numa atmosfera de religiosidade e mistério que se evidencia nos três temas centrais de toda sua obra: o misticismo, o amor e a morte.
Espumas Flutuantes, de Castro Alves - São 53 poemas lírico-amorosos, que não só se referem a mulher na forma idealizada, mas buscam o amor real e carnal, com toques de erotismo. Traz no título a referência à transitoriedade, indício da sensação de morte que atinge o poeta.
Inspirações do Claustro, de Junqueira Freire - Os poemas autobiográficos demonstram a angústia e o arrependimento do autor por ter se tornado monge e procurado na vida religiosa a saída para seus questionamentos íntimos e problemas familiares.
O Guesa, de Sousândrade - No poema em treze cantos, baseado numa lenda indígena, o autor inova na linguagem, cria neologismos e metáforas surpreendentes, numa obra que só foi devidamente reconhecida muito tempo depois.
Obras, de Álvares de Azevedo - Publicados postumamente, os poemas do autor são marcados pela melancolia, sarcasmo e subjetividade. Os temas são o desejo de amor nunca realizado, a incapacidade de adaptação ao mundo real e a busca pela morte.
Poesias, de Olavo Bilac - Obra de estréia do mais importante poeta parnasiano e um dos mais populares do Brasil, mostra extremo rigor na forma e na linguagem e traz os famosos sonetos "Via- Láctea" e "Profissão de Fé".
Primeiras Trovas Burlescas, de Luís Gama - Uma reunião de poesias líricas e satíricas, que ridicularizam a aristocracia e os poderosos da época e mostram o olhar crítico do autor, poeta, jornalista e advogado, que chegou a ser vendido como escravo na infância.
Primeiros Cantos, de Gonçalves Dias - O livro traz temas como a nostalgia, a dor do amor, a natureza e a força da crença religiosa e inova ao mostrar o índio como personagem principal da saga, apresentando-o como herói.
Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão, de Gonçalves Dias - O conjunto de poemas narrativos escritos em português arcaico e classificados pelo autor como "ensaios filosóficos", são uma tentativa de aproximar a literatura portuguesa e a literatura brasileira.
Sinfonias, de Raimundo Correia - Reúne alguns dos sonetos mais notáveis da literatura brasileira, com o apuro formal característico do Parnasianismo. Para Manuel Bandeira, Raimundo Correia é autor de "alguns dos versos mais misteriosamente belos da língua portuguesa".
Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães - A obra une as ideias de poesia e experiência, de arte e vivência e trata de individualismo, patriotismo, idealização da infância, evocação da natureza e sentimentalismo e é considerada a primeira representante do Romantismo brasileiro.
Vozes d’África - O Navio Negreiro, de Castro Alves - Os poemas apresentam a linguagem e o estilo característicos da terceira geração romântica e revelam a relação da poesia com a oratória, visando à comoção e persuasão do leitor em defesa das ideias liberais a abolicionistas do autor, conhecido como Poeta dos Escravos.
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